domingo, setembro 26, 2004

“Dá-me o meio-campo que eu ganho o jogo”

Quando olho para o FC Porto é impossível não me lembrar destes dois últimos anos e logo a seguir vem-me à cabeça uma frase: “Dá-me o meio-campo que eu ganho o jogo” que no fundo retrata estes "dois últimos anos" da equipa portista. Apesar de ainda ter grande parte dos jogadores que integraram esse meio-campo e de ainda continuar forte nessa posição, é impossível esquecer quem nos maravilhou – pelas constantes lutas pela posse de bola; pela diminuição de espaços que ele era culpado, impossibilitando o adversário de jogar o seu melhor futebol; pelas muitíssimas criações, que originaram belíssimos golos e importantes para a caminhada portista durante estas duas épocas.

Ora num 4-3-3, ora num 4-4-2, José Mourinho utilizou sempre um meio-campo dinâmico em constantes lutas pela posse de bola e pela obtenção do golo, que contava com jogadores como Costinha (jogando como um trinco puro à frente da defesa, tornando-se a primeira linha de cobertura defensiva), Maniche, Alenitchev, mais tarde Pedro Mendes (batalhadores sem a bola, livres com ela, isto permitiu a criação de muitos espaços no meio-campo para acções ofensivas) e por fim Deco (foi sem duvida o jogador “deambulador”, andado pelos 2 flancos durante maior parte dos jogos, criando jogadas, ganhado faltas, permitindo o controle dos mesmos).

Devido a sua capacidade inovadora, na obtenção da bola e na criação de espaços, sem dúvida(!), será um meio-campo que irá ficar na história do futebol europeu!



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