segunda-feira, dezembro 13, 2004

Parabéns Dragão!

PARABÉNS FUTEBOL CLUBE DO PORTO!

Parabéns, por teres trazido para Portugal, mais uma taça e pelo bom futebol praticado na final, dignificando o futebol português.

P.S.:Peço desculpa a quem lê este blog, por não tenho tido tempo nem para actualizar este blog nem para escrever qualquer coisa.

sábado, novembro 06, 2004

Antevisão: FC Porto - Sporting CP

O jogo de Segunda-feira, é o primeiro clássico no “Dragão”. Com o campeonato ainda no começo, este jogo será importante na conquista ou manutenção de posições na tabela classificativa, para além de ser um jogo grande onde todos querem ganhar!

FC Porto

Provável onze inicial: V. Baía; Seitaridis, J. Costa, P. Emanuel, R. Costa; Costinha, Maniche, Diego; Derlei, McCarthy, C. Alberto.

Uma equipa que vem dum mau momento, criado pelo mau começo de época. Com um conjunto de maus resultados, com o Vit. Guimarães, o Nacional e o PSG, a equipa do Porto revela algumas dificuldades ao nível da harmonia do jogo, perdendo confiança no passe, contribuindo para a supremacia do individual sobre o colectivo. Para o jogo de segunda, além do onze, para levar de vencida a formação leonina, terão que se evidenciar quatro jogadores, dois no plano posicional, defensivo e mental, Jorge Costa e Costinha, outros dois na consistência do meio-campo e no transporte da bola em segurança, Maniche e Diego. Um ponto que poderá estar a favor do conjunto da invicta é a sua experiência nestes jogos.

Sporting CP

Provável onze inicial: Ricardo; Rogério, A. Polga, Enakarhire, R. Jorge; Custodio, Rochemback, C. Martins, H. Viana; Douala, Liedson.

Sem duvida, a equipa que esta em melhor forma dos três grandes. Pratica um futebol bem mais harmonioso que o Porto, revela já melhorias na segurança de passe, parecendo ultrapassar os maus momentos que viveu no início da época, para isso contribuiu a maior regularidade de Douala na onze dos Leões. Esta equipa, ainda revela alguma insegurança na zona defensiva, recordações de jogos passados. Para segunda-feira, além do onze, para Peseiro levar de vencido o Dragão terá que contar com a dupla Douala e Liedson e com a capacidade de organização de jogo de Rochemback. Se o Sporting vencer o FC Porto será a primeira equipa a faze-lo no “Dragão”, nem Man. Utd, nem Deportivo o conseguiram.


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Últimos 10 jogos (nas Antas):

FC Porto 4-1 Sporting CP (2003/04)
FC Porto 2-0 Sporting CP (2002/03)
FC Porto 2-2 Sporting CP (2001/02)
FC Porto 2-2 Sporting CP (2000/01)
FC Porto 3-0 Sporting CP (99/2000)
FC Porto 3-2 Sporting CP (1998/99)
FC Porto 1-1 Sporting CP (1997/98)
FC Porto 1-2 Sporting CP (1996/97)
FC Porto 2-1 Sporting CP (1995/96)
FC Porto 1-1 Sporting CP (1994/95)

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Os confrontos entre as duas equipas, Porto como visitado, registam-se 36 vitórias para o Porto, 22 empates e 12 vitórias do Sporting, tendo sido marcados nesses 70 jogos, 195 golos, sendo 123, deles, do Porto e 72 do Sporting.

- Deixem os vossos comentários sobre o jogo, que eu também vou deixar lá a minha opinião. -


quarta-feira, novembro 03, 2004

Remodelação no Blog

Foi acrescentado um novo método de "comentários" aos artigos para facilitar a participação no blog, com este método tentaremos criar uma maior interacção entre os leitores e os colaboradores. Participem!

P.S.: Os comentários anteriores devido a adopção deste novo método foram apagados, quanto a isso peço desculpa!

segunda-feira, novembro 01, 2004

"Um vídeo sobre as finais portistas"

Aqui está um vídeo sobre as finais “portistas” nas competições europeias (Taça UEFA, Liga de Campeões) no ano passado e à dois anos. (Peço desculpa aos adeptos dos outros clubes!)
- Aqui está o vídeo -

sexta-feira, outubro 29, 2004

Por falar em treinadores...

Nos comentários do outro "post", falou-se de treinadores. Quando vi esta notícia, lembrei-me de Bernardino Pedroto - "É verdade! Não me lembrava dele, mais outro bom treinador português!" - a ter sucesso no estrangeiro. Espero que se consiga ler esta notícia d'"O Jogo".

Afinal era impossível percebe-la, aqui está o url com a imagem original. - http://pwp.netcabo.pt/paco_minha/pedroto.jpg

terça-feira, outubro 19, 2004

Foi só uma ideia que me passou pela cabeça :|

Propus-me fazer um plantel com base nas equipas da SuperLiga, sem contar com os três “grandes”, aqui esta o resultado:

Guarda-redes

Helton (U. Leiria)
Palatsi (Vit. Guimarães)
Mora (Rio Ave)

Defesas

Ferreira (Marítimo)
Laranjeiro (U. Leiria)
Jorge Ribeiro (Gil Vicente)
Carlos Fernandes (Boavista)
Tonel (Marítimo)
M. Van Der Gaag (Marítimo)
João Paulo (U. Leiria)
Idalécio (Rio Ave)

Médios

Luís Loureiro (Sp. Braga)
Castro (Moreirense)
André Barreto (Boavista)
Edson (U. Leiria)
Ricardo Fernandes (Académica)
Nuno Assis (Vit. Guimarães)

Avançados

Marco Ferreira (Vit. Guimarães)
Zé Manel (Boavista)
Wender (Braga)
Manduca (Marítimo)
Adriano (Nacional)
Júlio César (Gil Vicente)
Antchouet (Belenenses)

Já agora o onze:

Helton
Laranjeiro
Jorge Ribeiro
Van Der Gaag
João Paulo
Castro
Edson
Nuno Assis
Marco Ferreira
Wender
Adriano

Após este “plantel” cheguei à conclusão que existe em Portugal valor, suficiente, para fazer outro “grande”, apesar de a maior parte destes jogadores já estarem em grandes clubes e com “alguma” idade, alguns deles. Contudo e apesar de, na minha opinião, ter aqui um bom plantel deixei jogadores como: Marco Aurélio, Hélder Rosário, Ribeiro, Miguelito, Ávalos, Paulo Turra, Vasco Faísca, Pelé, Chaínho, Frechaut, Luís Coentrão, Vandinho, João Pinto, Hugo Cunha, Rui Baião, Silas, Caíco, Renato Queirós, Paulo Sérgio, Djurdjevic, Serginho Baiano, Fary, João Tomas, entre outros…

Posso escolher um Treinador para treinar esta equipa? Posso?! Posso?!

Seria João Carlos Pereira da Académica de Coimbra


(Sei que esta equipa, não é da tua total opinião, mas esta equipa é minha!)

sábado, outubro 16, 2004

Arsenal futebolístico

É fantástico ver o Arsenal num sábado ao inicio da tarde, o nosso fim-de-semana fica mais alegre, cura qualquer tristeza que venha da semana ou que seja originada pelo fim-de-semana.

Os “Gunners” marcaram e continuam a marcar uma época de mudança no futebol mundial, um futebol que criou escola no resto da Europa, com um meio-campo extremamente forte, com uma grande capacidade de recuperação de bola e de dinâmico com ela. Um futebol que passa pela certeza de passe e pelos passes certos, devido ao conhecimento que todos os jogadores têm entre si, de si e dos outros, fazendo a bola circular, praticamente, sem nunca se tornar monótono o seu jogo, por todos os jogadores da equipa.

Uma equipa, geralmente, constituída pelo guarda-redes Lehmann, pelos defesas Lauren, Ashley Cole, Sol Campbell e Kolo Toure, pelos médios Patrick Vieira, Gilberto Silva, Robert Pires, Fredrik Ljungberg, pelos avançados Dennis Bergkamp, Thierry Henry; bem sei que este onze é muito relativo, depende da opinião pessoal de cada um, devido à grande qualidade e polivalência do plantel, visto que faltam nomes como Francesc Fabregas, José Reyes, Robin van Persie, Edu, Jermaine Pennant, Pascal Cygan, entre outros.

Falta só uma conquista ao nível continental para firmar o valor desta equipa. É estranho uma equipa com tanta qualidade individual, colectiva e exibicional “falhar” à tantos anos a conquista da Liga dos Campeões, visto que no campeonato (no plano interno) é outra história, onde já o
lideranda com 25 pontos, cinco à frente de Chelsea seu mais directo adversário, tendo actualmente o melhor ataque (com 29 golos), a quarta melhor defesa (com 8 golos) e ocupa os três maiores lugares da lista de melhores marcadores (Henry, Reyes e Pires).

http://www.4thegame.com/club/afc/squad/

Em 1886 nascia em Londres...

São poucos os clubes que podem afirmar que contribuíram para o futebol como o Arsenal. Á entrada do seu velhinho estádio (Highbury) existe uma frase que reflecte toda a sua importância: “Welcome to Highbury - the Home of Football”. Apesar de não ter um historial como os seus rivais (Liverpool e Manchester Utd.), foi responsável por uma das maiores mudanças tácticas da história, nos anos 30, com uma fantástica equipa constituída por Cliff Bastin e Alex James, o treinador Herbert Chapman criou o famoso “WM” (3-2-2-3), libertando o futebol do primitivo 2-3-5, que permitiu conquistar 5 dos seus 13 títulos do campeonato nacional (31,33,34,35 e 38) e 2 das suas 9 taças de Inglaterra (30 e 36). Por azar seu, as competições europeias só se realizariam nos finais dos anos 50 (1956), quando os “Gunners” já viviam longe dos títulos, mesmo assim a equipa de 30 era respeitada e lembrada, na Europa continental, como uma forma de jogar bom futebol. Só em 1970, quando o futebol inglês “mandava” na Europa, conseguiu o seu primeiro título europeu, a Taça das Cidades com Feira (que mais tarde tornar-se-ia Taça UEFA) frente ao Anderlecht (na Bélgica perdeu por 3-1 e na Inglaterra ganhou por 3-0), conseguindo ai entrar na elite do futebol europeu, fugindo da sombra de Manchester e Liverpool, sobre o comando de Bertie Mee. Só nas décadas de 80 e 90 que o Arsenal voltaria a ser uma referência no futebol inglês e europeu, sobre o comando de George Graham e mais tarde de Arsene Wenger, em 1980 perdem na final da Taça das Taças frente ao Valência pela marcação de grandes penalidades e em 89 tem uma das mais fantásticas conquistas da sua história vencendo o Liverpool na última jornada e o campeonato inglês, competição que já não vencia há quase 20 anos, marcando no ultimo minuto Michael Thomas o 2-0 quando os adeptos do Liverpool já gritavam “Campeões!”. Em 1994 seria o ano do ultimo troféu de George Graham ao serviço do Arsenal, Taça das Taças, frente ao Parma ganhando por 1-0, sairia em 1995, rodeado de grande polémica (devido a uma acusação, provada, de fraude na transferências de jogadores), apesar de ainda ser inesquecível, pela “porta pequena”. Voltaria a chegar à final da Taça das Taças (1995), o Arsenal, sobre o comando de Stewart Houston, mas perderiam frente ao Real Saragoça, orientado por Víctor Fernandez. Três Campeonatos (1998, 2002, 2004); três Taça Inglaterra (1998, 2002, 2003); cinco Supertaças (1998, 1999, 2002, 2003, 2004) - o conjunto de troféus que venceria com Wenger.

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Historial:

Taça UEFA – 1970; finalista vencido em 2000

Taça das Taças – 1994; finalista vencido em 1980, 1995

Supertaça Europeia – 1994

Primeira Liga Inglesa – 1931, 1933, 1934, 1935, 1938, 1948, 1953, 1971, 1989, 1991, 1998, 2002, 2004

Taça de Inglaterra – 1930, 1936, 1950, 1971, 1979, 1993, 1998, 2002, 2003; finalista vencido em 1927, 1932, 1952, 1972, 1978, 1980, 2001

Taça da Liga – 1987, 1993; finalista vencido em 1968, 1969, 1988

Supertaças Inglesa – 1930, 1931, 1933, 1934, 1938, 1948, 1953, 1991, 1998, 1999, 2002, 2003, 2004; finalista vencido em 1935, 1936, 1979, 1989, 1993


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Ársene Wenger criador dum estilo único

Em 1996 assinava, como “manager”, pelo Arsenal, um francês alto e magro vindo do Japão, pouco conhecido pelo futebol inglês, mas rapidamente conseguiria o respeito e a confiança dos adeptos dos “Gunners”.

Nasceu na cidade francesa de Estrasburgo, começou a sua carreira de futebol, enquanto jogador, na 3ª divisão francesa no Mulhouse, assinando mais tarde (em 1978), pelo Strasbourg o seu primeiro contrato profissional sendo em 1979 campeão francês, mas jogando apenas 3 jogos essa época. Não seria como jogador que iria se tornar conhecido para o publico europeu.

Em 1981 tirava o “curso de treinadores” em Paris, nesse mesmo ano tornava-se treinador dos juniores do Strasbourg, mas foi pelo Mónaco que ganhou os primeiros títulos enquanto treinador, campeão francês e vencedor da taça em 1988 e 1991, respectivamente.

- O resto já é conhecido - ;)

sábado, outubro 02, 2004

São estas jogadas...

São estas jogadas que nos fazem adorar ainda mais este desporto.

Golos:

Já foi em Agosto (dia 22), o golo de Ibrahimovic, quando ainda estava no Ajax, frente ao NAC. O seu segundo golo, num jogo que ficou 6-2 e na altura ele tinha feito o 5-1 aos 76 minutos.
(Ver)

Ibrahimovic não era o único que marcava golos bonitos ao serviço do Ajax, Van Basten também.
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Este é para os amantes do "CM" (Championship Manager). No outro dia estava a ver a equipa do Rosenborg, "e não é que ele existe!", estou a falar de Daniel Braathen. Parece que também é verdade, ele sabe dar uns "toquezitos" na bola.
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Resolvi pôr o golo do Figo frente à Inglaterra neste primeiro "post", dedicado as jogadas que nos tornam ainda mais apaixonados por este desporto. Qual é o português que não sabe do golo que eu estou a falar?!
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Artistas:
(é a parte dedicada para aqueles jogadores que têm a mania que são artistas e de facto são!)

Um "elástico" de Ronaldinho sobre o pobre defesa do Zaragoza, Cuartero
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Outra jogada de Ronaldinho, agora a tentar livrar-se de 3 defesa do Athletic Bilbao
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Montagem sobre as “brincadeiras” de Quaresma
(Ver)

quarta-feira, setembro 29, 2004

Laranja Mecânica (Futebol Total) e o Mundial de 74

Não irei escrever sobre o filme, de Stanley Kubrick, que retrata o comportamento, hipotético, duma sociedade do século XXI, realizado em 1971. Irei, sim, falar sobre a Laranja Mecânica de 1974, a fantástica selecção que deu ao mundo o idolatrado Futebol Total, idealizado por Kovacs e Michels, primeiramente testado nos laboratórios do Ajax e lapidada nesta selecção holandesa.

“Se Deus criou o mundo, os holandeses criaram a Holanda”. Um pequeno país de 15 milhões de habitantes, situado entre o norte e sul do continente europeu, viu chegar o futebol nos meados da década de 70 do século XIX, tendo sido fundada a sua federação em 1889. Na opinião de muitos, esta concepção de jogo que tem como pontos fundamentais o colectivismo e a solidariedade só poderia surgir, de forma natural, na Holanda, devido à cultura deste pequeno estado. Um país visionário, responsável por uma das maiores revoluções na abordagem táctica, do mundo do futebol, um exemplo de inteligência em movimento.

O Futebol Total ou Carrossel, devido constantes movimentações dos jogadores e à constate circulação da bola, fazendo lembrar um moinho holandês e confundindo as marcações do adversário. Assim, o 4-3-3 de Rinus Michels, transformava-se num 3-4-3 ou num 4-4-2 em questão de segundos. A suas origens começam em 1964 no Ajax de Michels, os seus jogadores pareciam não ter posições fixas e pré-determinadas em campo, mas não era bem assim as suas movimentações eram rápidas e segundo um esquema muito bem planejado, estava surgindo o Futebol Total! Os céus (e os centros de formação do Ajax e do Feyenoord do após guerra) vieram ajudar Rinus Michels, pois contava com uma excelente geração de jogadores autónomos, muito inteligentes e com um óptimo preparo físico. Para ajudar à implementação deste estilo de jogo a maior parte dos jogadores actuava em dois clubes: Ajax (Cruyff, Neeskens, Rep, Krol, Haan e Suurbier) e Feyenoord (Van Hanegen, Jansen e Rijsbergen).

A Holanda apurou-se para o Mundial da Alemanha, vencendo o seu grupo na fase de qualificação, derrotando a Noruega (em casa por 9-0 e fora por 2-1) e a Islândia (ambos em casa por 5-0 e 8-1) e empatando com a Bélgica (por 0-0 em ambos os jogos). Esta Laranja Mecânica de Michels tinha como onze base – Jongbloed; Suurbier, Haan, Rijsbergen e Krol; Neeskens, Jansen e Van Hanegen; Rep, Cruyff e Resenbrink – a suas principais estrelas eram o fora-de-série Johan Cruyff (que mais tarde viria a afirmar: “Sempre me perguntei se mudaria o vice campeonato e os elogios que recebemos, pelo titulo em si. Penso nisso e não acredito que o trocasse. Claro que o gostaria de ter ganho, mas tantos anos depois quase se recorda mais a Laranja Mecânica do que a equipa campeã. A partir dessa data passou a falar-se em todo o mundo do futebol holandês”), Neeskens (eterno companheiro de campo de Cruyff, foi sem duvida o melhor jogador da Holanda na final frente à Alemanha), Resenbrink, Krol, Hann e Rep.



Na primeira fase do Mundial, a Holanda venceu o Uruguai (2-0), empatou contra a Suécia (0-0) e venceu a Bulgária (4-1), ficando à frente do grupo com cinco pontos e no segundo lugar a Suécia com 4 pontos. Após uma primeira fase que surpreendeu o mundo, simplesmente com um golo sofrido devido aos seus oponentes raramente poderem tocar na bola, encontraria nesta segunda fase o Brasil, a Argentina e a Alemanha Oriental. Venceu os dois primeiros jogos frente a Argentina (4-0) e a RDA (2-0), tendo o último e decisivo jogo, desta fase, frente ao Brasil (Zagalo, que era seleccionador brasileiro, sobre a partida frente a Holanda: “Não me preocupam, pois não têm tradição no campeonato. Já estou a pensar na final, com a Alemanha”), o primeiro do grupo (o vencedor do jogo) iria defrontar a Alemanha na final. O Brasil já sem Pelé, sem o brilho do Mundial de 1970 (quatro anos antes) e jogando de um estilo extremamente defensivo foi incapaz de controlar o encontro, estes pontos negativos foram ainda mais notórios, quando começou a recorrer a um jogo violento. A selecção “laranja” só conseguiu marcar no segundo tempo por Neeskens e Cruyff, o primeiro deveu-se a execução rápida duma falta, Cruyff e Neeskens combinaram entre si este ultimo marca o 1-0; o golo de Cruyff é um verdadeiro exemplo do Futebol Total idealizado por Michels, um cruzamento vindo na esquerda encontra Cruyff e este remate de primeira, fazendo o golo.

Na final, frente à Alemanha Ocidental (RFA), a Holanda já não era a mesma dos jogos anteriores, esta estava mais arrogante e não tinha em conta a forte formação alemã. Na final de Munique iriam encontrar-se duas das maiores personalidade do futebol mundial actual, Johan Cruyff (a sua primeira e ultima final) e Franz Beckenbauer (sua ultima hipótese de ganhar o campeonato do mundo). O jogo praticamente começa com o golo da Holanda, fazendo a bola circular por todos os seus jogadores num total de 17 passes, mostrando toda a cultura do seu futebol, ganha uma grande penalidade após uma falta sofrida por Cruyff, Neeskens executa na perfeição fazendo o seu 5º golo no Mundial e o 1-0. “Fantástico, a Alemanha não tocou na bola e já tinha sofrido um golo!” Irritados por causa disso, também por causa da imprensa alemã que previra a sua derrota, os jogadores alemães tentaram logo reagir, em busca do empate, mas o remate de Breitner passa ao lado. Com Cruyff extremamente bem marcado por Berti Vogts a Holanda não conseguia jogar o seu futebol. O empate acontece, aos 25 minutos, após uma recuperação, na defesa, da bola por de Beckenbauer, este passa Overath, vendo Holzenbein passa-lhe a bola, este com uma jogada individual ganha uma grande penalidade, má decisão do árbitro, que resultaria no golo do empate, feito por Breitner. Jongbloed, guarda-redes holandês e o único, no Mundial, que defendia sem luvas, com uma excelente exibição vai aguentando o empate, até aos 43 minutos quando Muller marca, após passe de Bonhof. Ao intervalo Michels tira o lesionado Rensenbrink, entrado Van der Kerkhof (este marcaria à Alemanha, numa fase final do mundial, mas só seria passados quatro anos). A segunda parte foi pouco mais do que um conjunto de oportunidades falhadas por parte da Holanda. Neeskens multiplicasse nas acções do meio-campo, tentando chegar ao golo e devido a má exibição de Cruyff. O jogo holandês tornou-se cada vez mais individualista, foi “incapaz de seguir a sua crença no Futebol Total, quando mais falta lhe fazia”.

http://fifaworldcup.yahoo.com/02/en/pf/h/pwc/mr/2063.html



(O esquema táctico acima reproduzido ilustra apenas uma referência lembrando um 4-3-3, mas que sempre se diluía ao longo dos jogos. Os números indicativos das camisas correspondem a: 1- Jongbloed; 2- Suurbier, 5- Haan, 3- Rijsbergen, 4- Kroll; 7- Neeskens, 6- Jansen, 8- Van Hanegen; 9- Rep, 10- Cruyff, 11- Resenbrink.)


domingo, setembro 26, 2004

“Dá-me o meio-campo que eu ganho o jogo”

Quando olho para o FC Porto é impossível não me lembrar destes dois últimos anos e logo a seguir vem-me à cabeça uma frase: “Dá-me o meio-campo que eu ganho o jogo” que no fundo retrata estes "dois últimos anos" da equipa portista. Apesar de ainda ter grande parte dos jogadores que integraram esse meio-campo e de ainda continuar forte nessa posição, é impossível esquecer quem nos maravilhou – pelas constantes lutas pela posse de bola; pela diminuição de espaços que ele era culpado, impossibilitando o adversário de jogar o seu melhor futebol; pelas muitíssimas criações, que originaram belíssimos golos e importantes para a caminhada portista durante estas duas épocas.

Ora num 4-3-3, ora num 4-4-2, José Mourinho utilizou sempre um meio-campo dinâmico em constantes lutas pela posse de bola e pela obtenção do golo, que contava com jogadores como Costinha (jogando como um trinco puro à frente da defesa, tornando-se a primeira linha de cobertura defensiva), Maniche, Alenitchev, mais tarde Pedro Mendes (batalhadores sem a bola, livres com ela, isto permitiu a criação de muitos espaços no meio-campo para acções ofensivas) e por fim Deco (foi sem duvida o jogador “deambulador”, andado pelos 2 flancos durante maior parte dos jogos, criando jogadas, ganhado faltas, permitindo o controle dos mesmos).

Devido a sua capacidade inovadora, na obtenção da bola e na criação de espaços, sem dúvida(!), será um meio-campo que irá ficar na história do futebol europeu!



As Pequenas Mudanças

Quando começo, achando que em algum jogo o que esteve errado, foi simplesmente a tentativa de vedetismo de só uma pessoa equipada de preto, mas vendo que esse mesmo jogo serve de lição e aprendizagem ao futebol, então ai sim podemos dizer que algo mudou, para melhor sempre, porque quem ganha com isto é sempre o futebol.
O Bi-Campeão Nacional e Europeu está no bom caminho. Depois de um ciclo de resultados nada condizentes com o seu estatuto, mostrou-se imperial num estádio tradicionalmente complicado e venceu com inegável justiça, provando a si próprio, porque aos outros nada tem a provar, que continua a ter os melhores jogadores de Portugal e possui os condimentos ideais para ser a melhor equipa. Podemos mesmo dizer que está de volta o Velho recente Campeão Europeu.
Tirando as duvidas se é que havia algumas que com este meio campo, com um trinco puro, Costinha estando a regressar ao seu normal, foi o patrão do costume, estacando o adversário na zona central. Maniche ainda longe do seu melhor esteve muito lento, mas a tentar subir de forma, notou-se mesmo na forma como procurava sempre as segundas bolas. Diego arrasou, a fazer lembrar, ou fazendo esqueçer alguem, foi pautando todo o jogo do Campeão Europeu, imprimindo-lhe o ritmo desejado, e descobrindo espaços no ataque com passes simples mas inteligentes, foi um dos homens do jogo. Quaresma, outro magico em campo, junto com Diego e mais tarde tambem com Carlos Alberto, com o seu brilhantismo pos a defesa do Guimarães atordoada. A este FC Porto falta aparentemente uma defesa mais estavel, mas ontem não era um bom dia para o exigir, por força das alterações que Fernandez quis ou foi obrigado a fazer. Obrigado na direita e por opção na esquerda, deixando Areias no banco, já que o mesmo parece ainda sem saber onde anda.
Ontem o FC Porto e Fernandez voltaram a vencer e fê-lo com uma equipa unida, essa mesma equipa que ganhou tudo num passado recente tanto a nivel nacional como internacional, admirada por tuda a Europa do Futebol só ficando esquecida pelo Governo do seu Pais, mas isso são outras "estórias".

sábado, setembro 25, 2004

O primeiro dia deste Blog

A criação deste blog surgiu duma tentativa minha de ocupar algum do meu tempo livre a escrever sobre aquilo que eu gosto, numa oportunidade de mostrar a opinião, minha e a de futuros autores que irão fazer parte deste Blog, sobre futebol!

O projecto deste blog tem como objectivo a criação dum “fórum” sobre futebol, onde sairão ideias e pontos de vista diversos que passará por um ponto comum – gosto pelo bom futebol.

Escrever-se-á sobre aquilo que realmente nos apaixona no futebol: as jogadas, os jogadores, os treinadores, os métodos de treino, de jogo, os clubes, a historia. Passando ao lado da polémica e dos “sistemas”, daquilo que alimenta os jornais e diminui o nosso gosto pelo futebol.